Debêntures: compreendendo esse ativo de renda fixa

Quando a Taxa Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira, atinge níveis mais
baixos, muitos investidores buscam alternativas mais lucrativas de investimentos em renda fixa.


Entre as opções mais procuradas, destacam-se as debêntures.
Debêntures são títulos de renda fixa emitidos por empresas não financeiras,
posicionando-se como investimentos mais arriscados dentro da categoria de renda fixa. Por este motivo, tendem a oferecer uma rentabilidade maior em comparação com um CDB, por exemplo.


As debêntures são formas de “empréstimos” (título de dívida) para captação de recursos


no mercado, ao invés de junto aos bancos, para financiar as atividades das empresas.
Esses instrumentos pagam juros sobre o capital captado, proporcionando lucro aos
investidores.


Motivos para investir


Enquanto as empresas pagam taxas mais baixas ao emprestar diretamente ao público,
os investidores podem obter taxas superiores em comparação com outros títulos de renda fixa, como CDBs ou títulos do Tesouro, por exemplo.


Investir em debêntures representa uma estratégia de diversificação e busca por
melhores taxas. Algumas debêntures oferecem ainda a opção de conversão em ações da empresa, o que pode ser uma estratégia interessante a longo prazo.


Ao escolher investir em debêntures, é essencial acompanhar a finalidade do dinheiro
captado pela empresa e avaliar se o empréstimo é vantajoso. Se o investidor acredita que o capital contribuirá para o crescimento da empresa, pode ser uma aplicação financeira atraente.

Diferenças entre debêntures e ações


Embora ambos os ativos estejam relacionados a direitos sobre empresas, a natureza
desses direitos difere. Enquanto as debêntures representam o direito de receber uma dívida, as ações representam partes da empresa.

O investidor em debêntures é credor, enquanto o acionista participa dos lucros
distribuídos. As diferenças fundamentais entre esses ativos vêm acompanhadas de direitos e responsabilidades distintos, exigindo uma análise cuidadosa de cada contexto específico.


Tipos de debêntures


Embora todas as debêntures sejam títulos de crédito privado de renda fixa, existem
diferentes tipos, cada um com normas, técnicas e oportunidades de lucro distintos. Os principais


tipos de debêntures são:
Debêntures simples: pagam apenas os juros devidos ao investidor, sendo quitadas após o vencimento.
Debêntures conversíveis: podem remunerar o investidor com participação societária da própria empresa, convertendo-se em ações.
Debêntures permutáveis: podem remunerar o investidor com ações de outra empresa
do grupo, sendo a troca facultativa.
Debêntures incentivadas: são aquelas que possuem, como o próprio nome sugere,
remuneração incentivada pelo governo, por meio da isenção de imposto de renda para pessoa física. Isso significa que, diferente dos outros tipos de debêntures, as incentivadas não incidem esse tributo sobre o rendimento do título.
Debêntures perpétuas: não têm prazo de vencimento específico, sendo raras e pouco
atrativas no mercado.
Debêntures participativas: distribuem os lucros da empresa como forma de
remuneração.
Rentabilidade das debêntures
A rentabilidade das debêntures é influenciada pela solidez da empresa, taxa básica de
juros, prazo de vencimento e tipo de debênture. Além disso, as formas de remuneração incluem debêntures pós-fixadas, prefixadas e híbridas.
Debêntures pós-fixadas: baseiam-se em um percentual de uma taxa pré-determinada, como o CDI, proporcionando rendimento variável ao longo do tempo.
Debêntures prefixadas: têm uma taxa de remuneração fixa ao longo do tempo, sendo
indicadas quando se espera uma queda nos indicadores.
Debêntures híbridas: acrescentam uma taxa específica a um índice de referência,
combinando elementos fixos e variáveis.
Ao escolher debêntures como investimento, é crucial considerar esses fatores para uma decisão informada e alinhada aos objetivos financeiros do investidor.