Taxa Referencial – a TR

Criada na década de 1990, a taxa referencial ainda é utilizada como referência para
alguns investimentos e financiamentos.


A TR foi criada com a intenção de servir como parâmetro para os juros praticados no
Brasil que, naquela época, era marcado pelo descontrole inflacionário que precedeu o Plano
Real. O seu papel era semelhante ao que a taxa Selic exerce atualmente.


Ela é um indicador de atualização monetária de algumas aplicações financeiras e
operações de crédito. Em outras palavras, ela vem para corrigir os valores ao longo do tempo
(como um parâmetro do índice de inflação).


No passado, alguns títulos públicos como a NTN-P e a NTN-H, possuíam parte dos
rendimentos atrelados à Taxa Referencial e, mesmo estes ativos não sendo mais
comercializados, ainda existem investidores com eles em suas carteiras.


Aqueles mais conservadores, que guardam dinheiro na poupança provavelmente já
ouviram falar da TR, assim como quem possui um financiamento imobiliário.

Mas o que é correção monetária?

Para mantermos uma economia saudável, é fundamental que o dinheiro mantenha seu
poder de compra e seja valorizado com o tempo em patamar igual ou superior à inflação. E é
aqui que a correção monetária se torna relevante.

A correção monetária representa os ajustes financeiros aplicados na moeda nacional (o
Real), em relação ao desempenho de outras moedas e aos índices de inflação.


Para que as pessoas não percam seu poder de compra, ou seja, seu potencial de arcar
com os custos rotineiros, os salários, investimentos e outras formas de rendimentos precisam
ser reajustados com o tempo. Portanto, a correção monetária diz respeito a um alinhamento do
poder de compra da moeda em relação à inflação.

Qual a sua importância na economia?

A Taxa Referencial é um indicador econômico. Portanto, ela interfere em vários títulos
de investimento, sendo estes afetados também, por taxas de juros, por exemplo.


No caso desta taxa, ela é ainda mais influente em investimentos mais populares entre
os brasileiros, como é o caso da poupança.

Principais contextos nos quais a TR se encontra

A Taxa Referencial é calculada pelo Banco Central diariamente e, para chegar ao seu
valor, é preciso encontrar o valor da Taxa Básica Financeira – TBF.


Ela é utilizada como parte da atualização em diversas áreas, portanto, pode trazer
reflexos para os brasileiros.

Poupança: A TR influencia até hoje os rendimentos da poupança pois, o cálculo dos juros
aplicados utiliza diretamente essa taxa. Contudo, vale ressaltar que existem duas formas de
atualização da poupança (veja o artigo sobre Poupança).

FGTS: Enquanto permanece depositado, os recursos do FGTS são remunerados. A
alíquota de 8,0% descontada do salário bruto é alocada em um fundo que possui rentabilidade
de 3,0% ao ano + TR.

Financiamentos imobiliários: A Taxa Referencial também pode influenciar os contratos
de financiamentos imobiliários realizados pelo Sistema Financeiro Habitacional (SFH) pois,
muitos desses contratos atualizam o seu saldo devedor utilizando a TR. Desta forma, os negócios
realizados por essa modalidade contam com juros fixos definidos pelo banco mais a TR.

Diante tudo o que vimos, podemos concluir que, entender a TR e suas principais
características é importante tanto para investidores e empreendedores, quanto para
consumidores de forma geral.

Conhecendo essa taxa faremos com que as nossas decisões de aportes e a nossa relação
com o dinheiro sejam mais embasadas.